A China está implementando aulas de inteligência artificial (IA) em escolas de ensino fundamental e médio, com o objetivo de preparar as novas gerações para um futuro tecnológico e consolidar sua posição na disputa global por avanços nessa área. A partir de setembro, todas as escolas de Pequim oferecerão pelo menos oito horas anuais de ensino sobre IA, seja como disciplinas independentes ou integradas a matérias como tecnologia da informação e ciências.
Essa iniciativa reflete a estratégia do governo chinês de investir na formação de talentos em IA desde cedo, alinhando-se ao plano nacional de se tornar líder global em IA até 2030. Além das aulas regulares, Pequim planeja fortalecer a colaboração entre universidades e escolas do ensino médio para desenvolver cursos avançados destinados a estudantes com alto potencial de inovação.
A decisão de incluir IA no currículo escolar surge em um momento em que empresas chinesas, como a DeepSeek, ganham destaque internacional com o lançamento de modelos competitivos de IA. O modelo DeepSeek-R1, por exemplo, apresentou desempenho comparável ao de rivais como o ChatGPT, porém com custos de desenvolvimento mais baixos.
Ao investir na educação de IA desde os primeiros anos escolares, a China não apenas capacita seus jovens para o mercado de trabalho futuro, mas também busca consolidar sua posição como potência tecnológica global. Essa abordagem pode servir de modelo para outros países que desejam integrar a educação tecnológica em seus sistemas de ensino.